quarta-feira, 13 de julho de 2011

HISTORIA DO SAMBA - ROCK



             Meu nome é camila tenho 19 anos moro em sao paulo e gosto de Baladas relacionadas a Samba-rock.




                                         Historia do Samba-rock





Samba-rock é um tipo dança que surgiu da criatividade dos frequentadores dos bailes em casas de família e salões da periferia de São Paulo no final da década de 60 começo da década de 70 mesclando se os movimentos do rock and roll [1] com os passos do Samba de gafieira ao som das equipes a despeito deste ou daquele ritmo importando tão somente o tempo da música em relação à dança.
Na primeira metade da década de setenta fora chamado por diversos nomes Sambalanço, Swing, Rock Samba, e finalmente Samba-rock por causa do lançamento da primeira coletânea que continham músicas que eram tocadas nos bailes de samba-rock e regravadas especialmente para estes bailes.
A primeira coletânea lançada em 1978 e que se chamava “Samba Rock o Som dos Black`s” deu início a uma nova era para o samba-rock onde eram re-gravados vários sucessos de bailes da época fazendo com que fosse mais fácil o acesso a essas músicas que ate então eram músicas fora de catálogo e difíceis de se encontrar
Tornando assim o Samba-rock mais conhecido na grande São Paulo e outros estados.
A forma de se dançar samba-rock foi sendo aprimorada com os festivais de dança de onde os dançarinos disputavam entre si para ver quem era o melhor.
As disputas entre os dançarinos de samba-rock seguiam os mesmo moldes do filme “Embalos de Sábado à Noite” onde tínhamos o júri técnico formado primeiramente por aqueles que se julgavam serem os melhores dançarinos da época e que julgavam a parte técnica da dança tempo contra tempo, erros, passos inéditos, quantidades de passos, qualidade dos passos e dificuldades dos passos, em alguns festivais tinha-se também o chamado júri popular onde se escolhiam alguns frequentadores destes bailes para junto com o júri técnico escolherem os melhores em uma escala de um a dez ou de dez a cem.
Lembrando que as regras e o formato destes festivais variavam de bairro para bairro ou mesmo vila para vila. O samba-rock pode ser considerado uma fusão do samba com ritmos americanos, como o bebop, ojazz e o soul. O samba-rock como forma de dança sofreu influências do rockabilly dos anos 50 e 60, só que com movimentos mais suaves, sem passos aéreos, porém com muitos giros, tanto do cavalheiro quanto da dama.Foi uma forma de dança dos bailes negros da periferia de São Paulo, desde os anos 60, com pitadas de maxixe e os giros do rock dos anos 50.


Tecnicamente, nas composições de samba-rock é feito um deslocamento da acentuação rítmica, cujo compasso binário do samba  é adaptado ao compasso quaternário do rock e da soul music, utilizando ainda naipes de metais importados dos grupos de soul e funk americanos.
"Quando eu inventei essa batida, chamava de sacundin sacunden, depois, na época da jovem guarda, virou jovem samba, e, mais tarde, sambalanço".
Na virada dos anos 60 para os 70, o Brasil testemunhou a definição de um novo gênero musical, a partir da fusão das bases rítmicas e temáticas do samba com um discurso e uma musicalidade absorvidos diretamente da música negra americana. Já há algum tempo, músicos oriundos de diversas tendências, conectados com as influências da cultura internacional, dialogavam, criando novos ritmos a partir da fusão da matriz comum do arquigênero do samba com o jazz, o rock e a soul music3. Paralelamente a este cenário musical novas experimentações interpretativas eram desenvolvidas em São Paulo por negros das periferias, que criaram os primeiros passos de uma dança que misturava influências coreográficas do rockabilly americano à marcação do samba. A esta nova dança convencionou-se chamar samba-rock, que acabou por definir também uma nova maneira de se fazer música, um novo gênero musical.

Estruturalmente, samba-rock é a denominação dada ao samba interpretado à base de guitarra, no estilo popularizado por vários artistas, cujo ícone foi Jorge Ben.embora o mesmo não goste do termo.Em várias regiões do país, artistas desenvolviam paralelamente músicas dentro do conceito da mistura do samba com o rock e com o soul. Em Porto Alegre costumava-se chamar de “suíngue”, “samba-rock” era mais utilizado em São Paulo e, no Rio de Janeiro, expressões como “sambalanço” e, posteriormente, “samba-soul” eram mais recorrentes. Apesar dos sotaques musicais diferentes, a matriz da fusão era sempre mantida, com a modulação rítmica clássica do Rock and Roll, composta por bateria, baixo, guitarra e teclados, articulada à levada do samba através do violão, da cuíca, do pandeiro e da timba.
Em fins dos anos 50, com o crescimento da influência cultural americana no pós-guerra, por conta de uma maior circulação global de mercadorias culturais, e com o maior acesso a aparelhos eletro-eletrônicos como vitrolas, rádios, televisores e a bens culturais como os discos de vinil, houve um maior contato com musicalidades estrangeiras. O trânsito de produtos e práticas intensificou-se com a expansão dos meios de comunicação de massa e com a instalação de filiais de produção das grandes majors fonográficas em várias partes do mundo, que buscavam criar e alimentar novos mercados. Este contexto contribuiu para a constituição de uma produção internacional-popular, intensificando o sistema de trocas simbólicas onde “os artistas, agentes da criação artística, aproximam-se do processo de produção, antes intermediado e realizado pela grande indústria (…). O mercado começa a oferecer uma profusão de estilos, subgêneros e mesclas de toda sorte”

Na busca das raízes desta nova musicalidade, Jackson poderia ser considerado o primeiro músico de que se tem registro a empregar o termo “samba-rock”. Contudo, o disco lançado em 57 do violonista Bola Sete8, “E Aqui Está o Bola Sete”, pela gravadora Odeon, já trazia na ficha técnica da faixa “Bacará” (ou “Baccara”, provavelmente em homenagem a uma famosa boate carioca da época) a menção “samba-rock" como gênero musical. De fato, partindo do ritmo clássico do rock’n roll, a música incorporava a levada de samba, transformando-se em algo raro para aquele momento. Desde o final dos anos 40, Bola Sete já vinha experimentando diversas fusões momento. Desde o final dos anos 40, Bola Sete já vinha experimentando diversas fusões musicais, gravando vários choros com violão elétrico, além de foxtrotes e baiões, entre outros gêneros. Em 58 também gravou outra música rotulada como samba-rock, "Mister Jimmy". E, de qualquer maneira, no selo do disco de 78 rpm de Jackson do Pandeiro, na informação técnica sobre a faixa “Chiclete com Banana”, está lá: "samba-coco".
Como reflexo deste movimento musical no Rio de Janeiro, onde se desenvolviam as bases rítmicas de um novo gênero, em bailes e festas das periferias de São Paulo jovens negros produziam uma outra interpretação destas fusões entre música brasileira e estrangeira, a partir da criação de um novo jeito de dançar. A ele convencionou-se chamar de samba-rock, nome criado por disc jóqueis da época, e adotado pelos frequentadores dos bailes e festas dos guetos negros paulistanos.
Além de trabalhar no rádio, Bola Sete tocou em várias boates cariocas, que compunham o cenário cultural do Rio de Janeiro pré-bossa-nova dos anos 50, como a boate Vogue e a Drink, de Djalma Ferreira, também músico, cujo solovox (pequeno teclado incorporado ao piano, precursor dos sintetizadores) rivalizava com as noites no Arpège, de Waldir Calmon, pianista e tecladista. Segundo a jornalista Cláudia Assef, em seu livro Todo DJ já Sambou (2003), Waldir Calmon junto com o conjunto Bolão e Seus Roquetes seriam os verdadeiros precursores do samba-rock, sendo tocados nos primeiros bailes com música eletrônica de São Paulo, no final da década de 50.


Na década de 50, os melhores salões de baile espalhavam-se pelo centro e pela zona sul paulista. Animados por grandes orquestras famosas, o alto preço dos ingressos e o preconceito racial vetava o acesso de um público negro a esses bailes. Nesta época, já existiam os equipamentos de som Hi-Fi, e o preço dos discos também se tornava um pouco mais acessível. Frustrado como tantos outros por não poder frequentar os grandes salões, em 59, Osvaldo Pereira, técnico eletrônico e vendedor de discos, construiu um sistema de som com pouco mais de cem watts de potência e decidiu organizar e sustentar um baile em um salão chique da cidade, mas sem uma orquestra. Assim criou a Orquestra Invisível Let’s Dance, e tornou-se o primeiro DJ do Brasil de que se tem registro